Essa notícia é meio antiga, ela é do dia 09/07/2009, mas achei muito interessante colocar, porque fala de um assunto interessante e que deve ser de conhecimento de todos.Alguém imaginaria que talvez os Fenícios tivessem passado pelo Brasil?É isso que o professor Roberto Khatlab está estudando. Vamos conferir.
De passagem, rumo ao Global Rock Art, Congresso Internacional de Arte Rupestre, no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, o professor doutor Roberto Khatlab percorreu vários sítios arqueológicos do Estado. O pesquisador deu início a pesquisas científicas para comprovação da discutida tese de que os fenícios estiveram no Brasil. Em Parnaíba, onde esteve acompanhado da escritora, jornalista e historiadora Marta Tajra, o professor Khatlab reuniu informações para a importante empreitada. A tese dos fenícios no Brasil é antiga, e no Piauí contou, no início do século XX, com os trabalhos fantásticos do professor Ludwig Shweenhagen, em Antiga História do Brasil livro publicado em 1928. Outros pesquisadores também defenderam esta tese como Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, Alexandre Braghine, Paul Thiry, Apollinaire Frot, entre outros.
Os fenícios foram um povo de origem semita que viveu entre o século XX a.C. e o século III d.C, na faixa de terra onde hoje se encontra o Líbano, à beira do Mediterrâneo. A eles devemos a invenção do alfabeto e da moeda. Ficaram conhecidos como grandes navegadores e mercadores da Antiguidade, considerados pais da globalização. Beirute, fundada pelos fenícios no século XV a.C foi ocupada por gregos, bizantinos e romanos que a chamaram de Júlia Augusta. Na era romana, com a Escola de Direito de Beirute, a cidade foi cognominada de Mãe das Leis. Biblos é a cidade habitada mais antiga do mundo, teve a primeira escola de Humanidade, alicerce da cultura universal. Nela, a indústria do livro prosperou tanto que, de seus produtos, derivaram os nomes: bíblia, biblioteca, bibliografia etc.
Segundo alguns historiadores, os fenícios atingiram o continente americano, no século XII a.C. Por volta de 1100 a.C, o Piagüí teria sido o centro da ocupação de povos vindos da Ásia. Piagüí é nome fenício para a região, vem de piaga, que significa propagador da religião. Piagüí seria a casa dos piagas. A praia da Pedra do Sal, no Delta do Rio Parnaíba teria sido porto e estação para os carpassios, navios fenícios de longo curso que traziam mercadores e padres para congressos nas Sete Cidades Encantadas, em Piracuruca, Norte do Piauí. A Lagoa Grande do Buriti, também no Norte do Piauí, foi um sítio que abrigava estaleiro, ponto de reparos para as embarcações vindas do Mediterrâneo, cruzadoras do Mar Tenebroso, mar cheio de monstros, lenda fenícia para o Atlântico.
O professor Khatlab é escritor, pesquisador, historiador, ensaísta, arqueólogo, brasileiro de origem árabe. Estudou Filosofia e Teologia Oriental e História das Religiões. É pesquisador no Lebanese Emigration Research Center, Notre Dame University, sendo responsável pelo departamento, membro pesquisador no Instituto de Egiptologia, Pesquisador Associado do Museu Nacional/UFRJ para o Oriente Médio, e do Museu de Arqueologia do Patrimônio Libanês. Publicou mais de quinze livros em sua área de pesquisa. É especialista em línguas semitas, entre elas o hebraico. Nasceu em Maringá, Paraná, mas está radicado no Líbano, há mais de vinte anos, onde foi adido do Brasil. Escreveu, em árabe, o livro Lula, min Aamel ila Raiss Al-Barazil, Lula de operário a presidente do Brasil, com a biografia do nosso presidente. O livro tem o prefácio do presidente brasileiro e a apresentação do primeiro-ministro libanês Rafik Hariri.
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