terça-feira, 15 de junho de 2010

A Proteção dos Sítios Arqueológicos

Os sítios e vestígios arqueológicos são considerados bens da União (Art. 20 da Constituição Federal) e um dos bens que constituem o patrimônio cultural brasileiro (Art. 216 da Constituição Federal, protegidos especialmente por lei federal, que dispõe sobre os monumentos pré- históricos (Lei 3.924/61) e pelo Código Penal.
O instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN, autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura, que tem como finalidade identificar, proteger,promover e difundir o patrimônio cultural brasileiro em todas as suas manifestações,é o órgão que deve zelar para que o patrimônio arqueológico seja preservado.
O patrimônio arqueológico indica que tivemos uma mesma origem e um mesmo passado, cujo conhecimento interessa a todos. A preservação desse patrimônio também interessa a todos e deve ser compartilhada pelo poder público e pela comunidade, a verdadeira guardiã de seus bens culturais.
Entre as ações de preservação desse patrimônio cultural promovidas pela Superintendência do IPHAN no Piauí destaca-se a voltada para a a salvaguarda, conservação e socialização dos Sítios Arqueológicos.

Roberto Khatlab no rasto dos fenícios

Essa notícia é meio antiga, ela é do dia 09/07/2009, mas achei muito interessante colocar, porque fala de um assunto interessante e que deve ser de conhecimento de todos.Alguém imaginaria que talvez os Fenícios tivessem passado pelo Brasil?É isso que o professor Roberto Khatlab está estudando. Vamos conferir.
De passagem, rumo ao Global Rock Art, Congresso Internacional de Arte Rupestre, no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, o professor doutor Roberto Khatlab percorreu vários sítios arqueológicos do Estado. O pesquisador deu início a pesquisas científicas para comprovação da discutida tese de que os fenícios estiveram no Brasil. Em Parnaíba, onde esteve acompanhado da escritora, jornalista e historiadora Marta Tajra, o professor Khatlab reuniu informações para a importante empreitada. A tese dos fenícios no Brasil é antiga, e no Piauí contou, no início do século XX, com os trabalhos fantásticos do professor Ludwig Shweenhagen, em Antiga História do Brasil livro publicado em 1928. Outros pesquisadores também defenderam esta tese como Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, Alexandre Braghine, Paul Thiry, Apollinaire Frot, entre outros.
Os fenícios foram um povo de origem semita que viveu entre o século XX a.C. e o século III d.C, na faixa de terra onde hoje se encontra o Líbano, à beira do Mediterrâneo. A eles devemos a invenção do alfabeto e da moeda. Ficaram conhecidos como grandes navegadores e mercadores da Antiguidade, considerados pais da globalização. Beirute, fundada pelos fenícios no século XV a.C foi ocupada por gregos, bizantinos e romanos que a chamaram de Júlia Augusta. Na era romana, com a Escola de Direito de Beirute, a cidade foi cognominada de Mãe das Leis. Biblos é a cidade habitada mais antiga do mundo, teve a primeira escola de Humanidade, alicerce da cultura universal. Nela, a indústria do livro prosperou tanto que, de seus produtos, derivaram os nomes: bíblia, biblioteca, bibliografia etc.
Segundo alguns historiadores, os fenícios atingiram o continente americano, no século XII a.C. Por volta de 1100 a.C, o Piagüí teria sido o centro da ocupação de povos vindos da Ásia. Piagüí é nome fenício para a região, vem de piaga, que significa propagador da religião. Piagüí seria a casa dos piagas. A praia da Pedra do Sal, no Delta do Rio Parnaíba teria sido porto e estação para os carpassios, navios fenícios de longo curso que traziam mercadores e padres para congressos nas Sete Cidades Encantadas, em Piracuruca, Norte do Piauí. A Lagoa Grande do Buriti, também no Norte do Piauí, foi um sítio que abrigava estaleiro, ponto de reparos para as embarcações vindas do Mediterrâneo, cruzadoras do Mar Tenebroso, mar cheio de monstros, lenda fenícia para o Atlântico.
O professor Khatlab é escritor, pesquisador, historiador, ensaísta, arqueólogo, brasileiro de origem árabe. Estudou Filosofia e Teologia Oriental e História das Religiões. É pesquisador no Lebanese Emigration Research Center, Notre Dame University, sendo responsável pelo departamento, membro pesquisador no Instituto de Egiptologia, Pesquisador Associado do Museu Nacional/UFRJ para o Oriente Médio, e do Museu de Arqueologia do Patrimônio Libanês. Publicou mais de quinze livros em sua área de pesquisa. É especialista em línguas semitas, entre elas o hebraico. Nasceu em Maringá, Paraná, mas está radicado no Líbano, há mais de vinte anos, onde foi adido do Brasil. Escreveu, em árabe, o livro Lula, min Aamel ila Raiss Al-Barazil, Lula de operário a presidente do Brasil, com a biografia do nosso presidente. O livro tem o prefácio do presidente brasileiro e a apresentação do primeiro-ministro libanês Rafik Hariri.

Pedro II


Pedro II - Puro encanto.

Quem conhece Pedro II logo descobre uma cidade cheia de charme e com um jeito muito especial de receber os visitantes. Com seu clima ameno, fundada por imigrantes portugueses no século XIX, Pedro II encanta pela simpatia, pela sua arquitetura que remete ao passado colonial e pelas belezas naturais que revela a cada olhar. Morro do Gritador, cachoeira do Salto Liso e outros pontos na serra são um chamariz quase irresistível para quem adora a aventura do rapel, banhos em águas claríssimas e esportes radicais.
Você pode conhecer as minas de opalas, pedras raríssimas que, em Pedro II, chegam a ser quase abundantes. O artesanato de Pedro II também enche os olhos. Rendaria, tecelagem, ourivesaria. Com qualquer material, os artesãos de Pedro II criam peças de rara beleza. E a mais nova marca da Suíça Piauiense é o seu Festival de Inverno, que todos os anos traz para as ruas da cidade grandes nomes da música brasileira e internacional. É essa a Pedro II que você vai conhecer e que vai fazer você viver momentos de puro deleite. Seja bem-vindo!

Sítios Arqueológicos:
Buriti Grande Dos Aquiles
Uma Visita Aos Vestígios Do Berço Da Humanidade.

Sítios Arqueológicos De Torre:
Uma Visita Aos Vestígios Do Berço Da Humanidade E Banhos De Cachoeiras.

Sitios Arqueológicos Do Morro Do Morcego Em Olho Dágua Do Meio
Uma Visita Aos Vestígios Do Berço Da Humanidade.

Morro do Gritador e Sítios Arqueológicos são opção de turismo ambiental em Pedro II
Entre as belezas naturais, estão o Morro do Gritador, canion com cerca de 280 metros a uma altitude de 730 metros acima do nível do mar; a Cachoeira do Salto Liso, com suas águas frias e cristalinas com véu de água de cerca de 30m; o Olho d'água Buritizinho, entre outros.

Os sítios arqueológicos retratam a vida do homem pré-histórico nestas terras.Popsom Um conjunto arquitetônico em estilo barroco revela uma Pedro II histórica. O artesanato local, com sua tecelagem de redes e tapetes encanta os visitantes.

O Sítio Arqueológico Pedra do Castelo



A Pedra do Castelo se impõe no contexto cultural da região norte por concentrar testemunhos materiais da ocupação humana desde a pré- história até os dias atuais. O sitio pré-histórico apresenta pinturas muito antigas, descobertas no século XVII, encontradas nos salões internos de uma formação rochosa com arcos e torres, de 18m de altura e 300m de perímetro. A formação rochosa lembra um castelo, responsável pela identidade do sítio, do Parque Municipal ao qual deu origem e ao próprio município, de cuja sede dista 20 km.
O local foi apropriado para práticas e rituais religiosos diversificados desde então, associando- se a ele poderes místicos e mágicos. Além de marcas e vestígios pré-históricos, enterramentos do inicio do século XX, velas, imagens de santos católicos, ex- votos e rituais de herança africana documentam esta forma de apropriação mais recente. A tradição oral lhe atribui lendas e significados espirituais.
A Conservação do Sítio

As formas de apropriação deste sítio, contudo, provocam danos às pinturas e gravuras rupestres, recobrindo- as de fuligem e parafina das velas, além de pichações com materiais diversos e grafitagens. Somavam- se a estes danos provocados por agentes humanos, os danos de origem natural, como os desplacamentos, casas de vespas e cupins.
A fim de promover a conservação da Pedra do Castelo e preservar as características que lhe dão uma significação cultural, o IPHAN contratou a restauração dos painéis de pintura, com o cuidado de resguardar tanto o patrimônio arqueológico quanto os costumes locais. Estas foram às diretrizes estabelecidas pelo I Fórum do Patrimônio Cultural em castelo, realizado pelo IPHAN, Ministério Público do Estado do Piauí e prefeitura Municipal de Castelo, com o objetivo de discutir coma comunidade sua forma de participação no processo.
Antes de iniciar o processo de limpeza dos painéis de pinturas rupestres foi feita sua avaliação arqueoquímica, bem como realizados trabalhos de escavação e sondagens para avaliar o potencial de vestígios pré-históricos existentes. Devido à presença humana constante no local desde o século XVII e o conseqüente pisoteamento desordenado no abrigo entorno os vestígios encontrados foram raros.
O material lítico remanescente atesta o uso da técnica de lascamento e o domínio do polimento pelos grupos humanos que habitaram o local, além dos traços de alisamento em pequenos seixos testemunhar o conhecimento desses grupos na confecção de vasilhames cerâmicos.
A intervenção de conservação promovida pelo IPHAN foi executada por arqueólogos e especialistas em conservação de pinturas rupestres, num processo minucioso e delicado, que evidenciou as pinturas e gravuras pré-históricas e, ao mesmo tempo, tratou com respeito todos os outros objetos associados aos rituais religiosos mais recentes, como os inúmeros ex-votos.
A Socialização do Sítio

Esta foi uma das muitas ações necessárias para assegurar que as marcas dos nossos antepassados não se percam e continuem a enriquecer e a inspirar as expressões culturais da região.A ela devem se associar os compromissos dos poderes públicos estadual, local e, principalmente, da comunidade, quanto à sustentabilidade deste frágil recurso cultural e natural.
Preservar a Pedra do Castelo para o nosso usufruto, incrementar um turismo cultural que incorpore a população local nos seus benefícios e o mesmo tempo assegure o seu usufruto pelas futuras gerações é a meta que todos devemos perseguir.

terça-feira, 1 de junho de 2010

História da Serra da Capivara

O parque nacional serra da Capivara foi criado em 1979 e, em 1991, declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Localizado no Sudeste do estado do Piauí, em região semi-árida, ele cobre a área dos municípios de São Raimundo Nonato, Brejo do Piauí, Coronel José Dias e João Costa.
A área total do parque se estende por 130 mil hectares dos quais apenas 20% estão abertos à visitação pública. Sítios pré-históricos, 535 ao todo, guardam mais de 30 mil pinturas e gravuras rupestres, retratos do cotidiano do homem pré-histórico que viveu em terras brasileiras.
Alojadas nas paredes dos abrigos e reentrâncias escavadas pela ação do intemperismo, as pinturas, na sua maioria avermelhadas, espalham-se nos paredões de rochas sedimentares, como na já conhecida Toca do Boqueirão da Pedra Furada. As gravuras, por sua vez, adornam freqüentemente a superfície de blocos rochosos isolados próximos às fontes de água estocada das chuvas.
O relevo do local é formado por chapadas, desfiladeiros e serras; o clima é semi-árido e a vegetação de pequeno porte é típica da caatinga. Também pequeno é o porte dos animais daquela fauna: gaviões, tamanduás, jaguatiricas, gatos-do-mato, lagartos, onças-pintadas, cobras e tatus.

O que é Arte Rupestre

Quando as primeiras comunidades humanas começaram a registrar seus eventos, através da escrita, é que formalmente se inicia a história da humanidade.
Mas antes da escrita, os acontecimentos da vida humana eram guardados na memória das comunidades. Os mais idosos passavam seus conhecimentos para os mais jovens, que fariam depois o mesmo com as gerações subsequentes.
A Arte Rupestre da Serra da Capivara é integrada por pinturas e gravuras pré-históricas, realizadas no decorrer de milênios por diferentes grupos humanos, aplicadas sobre suportes materiais: as cavernas, os abrigos ou afloramentos rochosos.
Os desenhos eram formas de expressão, normalmente compostos por figuras humanas e animais, sugerindo atividades quotidianas, como dança, cerimoniais, caça, sexo e lutas.
As pinturas encontradas na Serra da Capivara, e em todo o território piauiense, são as mais diversificadas, apresentando cenas de sexo, dança, luta, rituais, formas zoomorfas e antropomorfas, além de grafismos puros.